Quando criamos o grupo FaTech Girls, não sabíamos muito bem o que iríamos fazer, ou como. Ao longo das primeiras reuniões, tentamos dar forma ao grupo, que tipo de ações desenvolveríamos, como cada uma poderia contribuir com o projeto. Eu, talvez até de forma meio desavisada, pensei: “por que não uma oficina de Javascript?”.
Surgiu assim minha função nestes primórdios do FaTech Girls: desenvolver e ministrar uma oficina, mini curso – qualquer que fosse o nome da atividade – de Javascript, junto com a Pâmela Cruz. A ideia tinha seus motivos: o Javascript está presente em mais de 90% dos sites atuais, e não precisa de um compilador para funcionar. Como nossa ideia era atuar principalmente em escolas públicas, que muitas vezes poderiam não ter a estrutura necessária, pareceu uma boa pedida.
O único problema foi: não sou uma expert em Javascript. Tive apenas um contato breve na faculdade, e vi um ou outro tópico em cursos online. Por isso, quando a professora Grace me pediu para apresentar uma primeira versão da oficina no Congresso de Tecnologia da FATEC, para outros colegas tecnólogos, me deu logo uma nevasca na barriga. Tudo o que eu conseguia pensar era que não sabia o bastante, e que provavelmente faria papel de boba. E, com isso, quase deixei passar uma oportunidade que pode ser incrível para mim.
Sim, posso não saber o bastante, mas a ideia é justamente apresentar a linguagem para aqueles que não possuem nenhum conhecimento com a mesma, então cada conhecimento adquirido já é válido. Não sou uma expert, mas sou uma pessoa disposta a aprender cada vez mais, e repassar este conhecimento aos demais. E não é isso que importa?
Então, sim, ainda estou nervosa. Sim, ainda quero sair correndo e gritando, agitando os braços acima da cabeça. Mas aceitei essa empreitada como ela realmente é: uma oportunidade única de aprendizado, tanto para os que forem assistir a oficina, quanto para mim. Portanto, caso você seja uma fatecana ou um fatecano, te espero amanhã, às 19h, no edifício Santiago, para se jogar comigo nessa aventura. Vamos lá?!