Oi pessoal! Sou Jéssica Félix, fatecana e gostaria de compartilhar aqui a minha primeira experiência em um hackathon.
Vivi uma semana em dois dias, perdi medos, conheci pessoas novas e ferramentas novas. Também aprendi o quanto o nosso papel na tecnologia é importante e como devemos usa-la para tornar os benefícios mais acessíveis a maior parte da população possível.
Tudo começou numa postagem que a Silvia Coelho compartilhou no grupo “elas programam”. Faz 4 meses que tenho fim de semana livre, portanto, estou numa fase que não posso ver um link escrito “participe” que já vou me cadastrando.
Me inscrevi no Womens Health Tech Weekend 20018, uma maratona colaborativa para desenvolver soluções tecnológicas com um novo olhar sobre a saúde das mulheres.
No dia e hora marcado, parti de Poá-SP para o clube Hebraica. O primeiro desafio foi acordar as seis e pouco da manhã num sábado, mas quanto a causa é válida, surge boa vontade no lugar do cansaço.
Chegando no evento, hora de formar os grupos! A Lilian apareceu apenas em uma das nossas fotos. Ainda estávamos no começo da maratona. Todas descansadas.
“Agora é só criar uma ideia e começar a codar”, eles disseram.
Confesso que demoramos bastante até conseguir chegar a um consenso. APRENDIZADO 1 – NA DIFICULDADE, ACEITE OU PEÇA AJUDA DE UMA MENTORA. Foi muita sorte que Larissa passou em nossa mesa, conseguimos eleger nosso plano: um chatbot que fala sobre saúde da mulher.
“Eu faço o chatbot”. Nunca tinha feito um na minha vida. Sabia mais ou menos por onde começar pelos textos do Bots Brasil . Com base nessas leituras anteriores e o que aprendi no 1° semestre da Fatec, eu me lancei a internet para aprender o mais rápido possível a criar um.
Mais uma vez, graças a mentora Cristina Luz, eu conheci uma ferramenta para criar chatbot de forma mais ágil. Além disso, ainda tive uma surpresa maravilhosa: professora Grace Borges veio nos dar uma força!
Professora Grace e seu sexto sentido de encontrar Fatecanas, não importa em que evento estejam.
Viramos a madrugada no projeto. Mas estava muito legal, a equipe dos mentores fez de tudo pra dissipar a tensão já esperada de competições. Tocaram músicas (Samanta Lopes e a Marceli Rocha são as melhores pessoas para organizar um hackathon), organizaram uma mesa de lanchinhos, passaram nas mesas para prestar apoio e oferecer perfume (sim, o Daniel Takaki se preocupou com a questão de estarmos amargamente suadas).
Continuamos nos retoques finais e começamos a pensar no pitch. APRENDIZADO 2 – FAÇA UM BOM PITCH. Enquanto a Tamires e a Danielle ensaiavam a apresentação, eu continuava “caçando pelo em ovo” na Mira Bot.
Chegou a hora dos jurados. APRENDIZADO 3 – DEIXE UMA PESSOA RESPONSÁVEL POR CRIAR O PLANO DE NEGÓCIOS. VOCÊ VAI PRECISAR. Fiquei muito orgulhosa porque todas falaram, mesmo fora do “palco”. A Priscila e a Tamires ajudaram eu e a Dani a responder as perguntas dos jurados. APRENDIZADO 4 – SEJAM UMA EQUIPE DO COMEÇO AO FIM. Quer ver nosso pitch? Clique aqui. Aparecemos a partir de 16 minutos.
Depois de muita ansiedade, chegou a hora do resultado:
Conhecemos pessoas incríveis, trabalhamos em grupo, sofremos juntas, rimos juntas, ajudamos outras equipes, fomos ajudadas por outras equipes e principalmente, sentimos a importância das mulheres ocuparem seu espaço na tecnologia. Agora, participamos de meetups, summits, painéis e workshops sempre que podemos, ao menos um por semana. APRENDIZADO 5 – NÃO FIQUE APENAS NA FACULDADE, VÁ PARTICIPAR E CONHECER A COMUNIDADE DE T.I.
E esta comunidade é muito acolhedora! Não tenham medo de ir sozinhas nos primeiros eventos, caso não tenham nenhuma companhia. Eu fui sozinha e voltei pra casa com novos 47 amigos, 5 parceiras de projeto e um chatbot.
Sou muito grata aos patrocinadores, aos voluntários e mentores, as pessoas que foram nos assistir, aos jurados, a FaTech Girls, a empresa que eu trabalho e ao apoio dos nossos familiares.